Polícia investiga se ossadas foram enterradas irregularmente em Santa Maria

A 3ª Delegacia da Polícia Civil (3ª DP) encontrou, nesta segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Caturrita, região norte de Santa Maria, ossadas que podem ter sido enterradas de forma irregular. Nesta terça, funcionários do cemitério devem ser interrogados pelo titular da 3ª DP, André Diefenbach.

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A suspeita é de que os ossos sejam oriundos do descarte de túmulos de pessoas enterradas como indigentes. Os cadáveres seriam retirados e sepultados em outro local para abrir espaço para novos cadáveres.

No entanto, de acordo com o secretário em exercício de Infraestrutura, Obras e Serviços, não há qualquer irregularidade nas ossadas encontradas nos fundos do cemitério. Segundo ele, o Código de Posturas do município prevê que, depois de três anos, ossadas de pessoas que foram sepultadas como indigentes possam ser retiradas do seu local de origem e sejam enterradas em uma cova rasa para que seja liberado espaço para o sepultamento de outros corpos.

– O Código de Posturas diz que é permitido. Depois de três anos, pode ser feita a exumação dos corpos, que vão para o ossário, a vala comum, como diz a lei. E onde pode ser feito dessa forma é no Cemitério Jardim da Saudade – afirma o secretário municipal.

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No último dia 8, uma equipe do Instituto-Geral de Perícias e da 3ª DP foi até o Cemitério Municipal para averiguar a denúncia que havia chegado até o Ministério Público (MP), mas nada foi encontrado. Nesta segunda-feira, porém, pelo menos três cadáveres teriam sido encontrados nos fundos do cemitério da Caturrita.

A 3ª DP já investiga essas denúncias e trata o caso como vilipêndio de cadáver (desrespeito aos mortos), que tem pena prevista de um até três anos de prisão e multa.